Restaurant week – Avenida Paulista

image

image

Nós agora estamos em Campos do Jordão, mas antes de virmos para cá visitamos o Avenida Paulista, pizzaria curitibana que está arrasando com a reputação de casas famosas como o Fratello.
No Restaurant Week a atração da casa é uma salada de folhas com mussarela de búfala em uma cestinha de parmesão como entrada, um polpetone com massa “orelhinha” e de sobremesa um trio de cheesecakes delicioso.
Recomendamos!

Publicado em italiana, sobremesas | Marcado com | 1 Comentário

Comida de casa!

Mudando um pouco de assunto, mas sem desviar do título do blog, vamos falar sobre comida feita em casa. No caso, a nossa casa.

A Lu gosta de cozinhar, e eu estou entrando nessa bem aos poucos. A última “invenção” foi adaptar uma receita chamada “Omelete de Maçãs” que eu vi no blog da revista Piauí chamado “Questões de Forno e Fogão”.

A receita original é bem simples de fazer, e bem gostosa. Alguns avisos são importantes no entanto:

Torta de maçãs

  1. Corte a maçã em pedaços de mais ou menos um oitavo do tamanho de cada maçã. Com pedaços maiores a maçã não assa direito, e a torta fica meio crua;
  2. A torta não é muito doce. Se você gosta de coisas mais doces, polvilhe açúcar por cima ou, após a torta praticamente pronta, cubra a parte de cima de merengue e volte pro forno só pra dar uma douradinha no merengue.
  3. Se está fazendo pra muita gente, faça outra coisa também. Como ela não é muito doce e fica leve, come-se muita torta em poucos pedaços. Aqui em casa ela dura de 12 a 18h, a depender do momento que ficou pronta.
Aqui vai a receita:

Ingredientes

– 8 maçãs fuji grandes (maçãs azedinhas). Essas maçãs serão descascadas, cortadas em pedaços do formato que preferir (sem capricho) e temperadas com suco de limão e canela a gosto. Nós gostamos de bastante limão e canela. Aqui cabe um aviso amigo: se gostar de maçãs, seja previdente e separe o dobro porque elas ficam deliciosas temperadas e é impossível não desfalcar a receita.

– Canela para temperar as maçãs e pulverizar a torta pronta (muita!)

– 1 xícara (chá) de farinha de trigo

– 4 colheres (sopa) de açúcar

– 1 colher (sopa) de fermento em pó

– 1 copo de iogurte natural (copo= 200ml)

– 1/2 copo (americano) de óleo (100 ml)

–  2 ovos grandes

– Uns pinguinhos de essência de baunilha

– Margarina para untar a forma.

Modo de Preparo;

1 – Ligue o forno, em temperatura média, por volta de 180 graus.

2 – Unte e enfarinhe uma forma redonda e rasa, de aproximadamente 30 cm de diâmetro e 5 cm de altura e reserve. Se tiver uma forma que solta o fundo é muito melhor por que o lado mais bonito da torta é o que fica para cima. Essa forma evita a manobra arriscada de transferir a torta de um prato para outro depois de desenformar.

3 – Lave as maçãs, descasque-as e corte em fatias médias (rapidamente e sem tanto capricho). Tempere com o suco de limão (1 ou dois), polvilhe com canela e comece a assobiar para não comer tudo. Reserve.

4 – Coloque a farinha, o açúcar, o iogurte, o óleo e os ovos no liquidificador e bata até misturar tudo. Por último, acrescente o fermento e bata mais um pouco.

5 – Coloque a massa na forma. Ela fica cremosa.

6 – Escorra o excesso de caldo das fatias de maçã e disponha sobre a massa apertando um pouco. Em seguida sacuda delicadamente a forma para garantir que os pedaços de maçã se distribuam uniformemente pela forma.

7 – Leve ao forno até que a superfície fique bem dourada. Essa torta tem a vantagem extra de avisar quando está pronta perfumando a casa.

Desenforme e polvilhe com canela, se gostar, e sirva fria (ou até quente) com sorvete de baunilha.

Simples né? Mas pode ficar melhor! Resolvi adaptar um pouco a receita e transformar a torta de maçãs em torta de amoras.

Torta de amoras com sorvete de chocolate branco

Basta fazer o seguinte: em vez de 8 maçãs, 3 caixinhas (dessas de plástico transparente) de amoras, e nada de limão ou canela. Na hora de preparar a massa, antes de colocar o fermento, vá colocando (devagar) chocolate em pó do bom. Eu uso o da Kaebisch, mas qualquer bom chocolate em pó deve servir. Eu usei duas colheres de sopa, mas vá colocando devagar até a massa ficar de uma cor que você goste. É só lembrar que o chocolate “pesa” a massa. Não exagere!

De resto a única diferença é que, como amoras são muito mais “úmidas” que maçãs, eu coloquei metade da quantidade original de iogurte.  Fica muito, mas muito bom mesmo! Aqui em casa somos só nós dois, e a torta que foi feita na noite de um dia não sobrou pro lanche do dia seguinte.

Bom proveito!

 

Publicado em sobremesas | Marcado com , | Deixe um comentário

Um pequeno restaurante do bairro

No último dia 3, fomos a um pequeno restaurante francês no Sudoeste, o Quartier Bistrot. Antes, um aviso. O restaurante pertence ao marido de uma amiga, a qual aliás já havia me recomendado várias vezes que fosse conhece-lo. Vontade havia, mas eu nunca me lembrava, até mesmo porque nunca penso no sudoeste como um lugar pra procurar restaurante. Bairrismo meu, com certeza.

Antes de irmos, comentei com a Lu sobre dois posts que havia encontrado sobre o restaurante, e ambos falando bem. Um no blog “O Melhor e o Pior de BSB”, e outro no “Blog de nós dois”, que aliás foi lá duas vezes.

Nós tinhamos feito reserva, e nos surpreendemos ao encontrar o restaurante praticamente vazio. Verdade seja dita, normalmente saímos cedo para comer fora, tanto faz almoço quanto jantar. Mas mesmo assim, era 20h30 de uma sexta, já não estava na hora?

O restaurante é bem pequeno, então há apenas umas poucas mesas do lado de dentro, sendo a grande maioria do lado de fora, na calçada do prédio. Quando chegamos, duas mesas ocupadas, ambas apenas por mulheres, do lado de dentro, que já tinha lido em um dos posts da Vanessa que eram as melhores. Conseguimos uma mesinha pra dois no canto e começamos a ler os cardápios que os garçons (muito atenciosos) já haviam nos fornecido.

Não vou esconder que o cardápio me assustou. Tantas opções… Como um restaurante tão pequeno poderia fazer tantos pratos bem? Bom, era hora de começar nossa amostra dos pratos.

Acabei escolhendo o filé do chef, um tournedor de filé mignon recheado com queijo brie e tagliatelle, com uma terrine de peito de frango, lombo de porco e bacon como entrada. A Lu pegou a sugestão do dia, que era um camarão ao catupiri com arroz.  Ao ver a parte das sobremesas, já fiquei feliz de não ver o clichê “Papaya com Cassis”. E mais ainda ao ver uma Tarte Tatin de maçã com sorvete! Já estava escolhida nossa sobremesa!

Uma das coisas que eu gostei é que há entradas para uma ou duas pessoas. Como a Lu não queria pedir entrada, pedi a minha individual mesmo. Veio muito bem servida!

Aliás, “bem servido” é a palavra de ordem aqui. Entradas, pratos principais, sobremesas, tudo muito bem servido e gostoso mesmo. Tanto que voltamos para o almoço de dia dos namorados, no domingo.

A casa no domingo tem uma formule especial. O cardápio é reduzido em relação ao disponível no jantar, e você pode escolher entrada + prato principal, ou prato principal + sobremesa por R$ 45,00. Se quiser entrada, prato principal e sobremesa (meu caso), sai por R$ 50,00. Vale demais a pena!

Terrine de entrada

Salada verde com morangos

Domingo é dia de acordar mais tarde, então nem tomamos o café da manhã e aparecemos lá as 13h30 com fome de leão. Das duas  entradas disponíveis, eu pedi a terrine e a Lu a salada verde com frutas, nozes e presunto.

Quando fui escolher o prato principal… A escolha de Sofia: Robalo grelhado, Cassoulet ou Riz Rustique(risoto de linguiça e bacon defumado)?

Riz Rustique

Acabei escolhendo o risoto, e a Lu foi de filet mignon ao molho demi-glace de vinho e arroz piamontese.

As fotos não fazem justiça nem ao tamanho do prato, nem ao sabor. O risoto estava divino, tanto que a Lu, após começar a comer o filé (e elogiar), ao provar do meu disse que estava melhor que o dela. E ela nem provou da linguiça, que era o melhor do prato!

Filet Mignon ao molho demi-glace de vinho

O filé também estava muito bom. O molho, para o meu gosto poderia estar um pouco mais consistente, mas a Lu gostou. E, graças a Anthony Bourdain Lu descobriu qual é o verdadeiro ponto para um filé.

Esse é o ponto da carne. Ao ponto!

Na hora de escolher a sobremesa, Lu já havia entregado os pontos, e eu, com dificuldade, fiz o “sacrifício” de escolher entre o Petit Gateâu e o Creme Brulêe. Que venha o vencedor!

Petit Gateau

O petit gateâu estava muito bom, mas com um reparo: sabe aquele caldo que desmancha quando você corta o bolinho pela primeira vez? Quase não aconteceu. Mas estava muito gostoso, menos doce do que teimam em fazer em Brasília normalmente. E que sorvete é esse que eles colocam? Não reconheci, mas é uma delícia! Estava tão bom que, mesmo cheio como estava, comi tudo, inclusive o biscoitinho da decoração…

Resultado final: fomos a segunda vez, iremos a terceira, e recomendamos a todos. Um restaurante francês gostoso, aconchegante e que não quebra o orçamento do mês!

Quartier Bistrot: CLSW 301, bloco B, lojas 78/80 (lateral do prédio), Sudoeste. Telefone: 3341-4214.
Publicado em francesa, sobremesas | Marcado com , | 1 Comentário

Frigideira de cogumelos

A última vez que fomos ao Le Gourmet Bistrô (aquele de Gonçalves, lembra?), pedimos uma entrada que nos marcou: frigideira de cogumelos.

Eram cogumelos diversos, como shiitake, shimeji e cogumelos de paris frescos,  ficou uma delícia! Sendo aparentemente tão fácil, Lu resolveu tentar reproduzir em casa a partir do que vimos no restaurante.

A receita é mais ou menos a seguinte:

  • meia bandeja de cogumelos de paris frescos
  • meia bandeja de shimeji
  • meia bandeja de shitake
  • um pouco de vinho branco
  • algumas folhinhas de alecrim
  • tomates cereja
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 1 cebola média cortada em tiras
  • 1 dente de alho
  • sal e pimenta a gosto

Dourar o alho e a cebola na manteiga até ela ficar transparente. Adicionar os cogumelos cortados em pedaços grandes, junto com o vinho e o alecrim. Mexer e juntar os tomatinhos cortados ao meio. Adicionar o sal e a pimenta (de preferência moer na hora). Dá pra umas 4 pessoas como entrada, servindo com pães quentinhos.

Não só ficou bem gostoso como também muito parecido.

Publicado em francesa | 3 Comentários

Um café da manhã distante

Final de semana passado nós estávamos pensando em ir passar o final de semana em Pirenópolis. Infelizmente tivemos dificuldades em conseguir fazer uma reserva em uma pousada pela Bancorbrás que aceitasse apenas uma diária, e ao chegar lá a pousada que nós queríamos estava lotada. Mas estávamos decididos a ir de qualquer jeito pra pegar o Brunch do Santuário da Vida Silvestre Vagafogo.


O Santuário é uma RPPN: Reserva Particular do Patrimônio Natural, uma fazenda de 46 hectares dedicada a preservação da natureza, educação ambiental, aproveitamento e beneficiamento de produtos de frutos do cerrado e produtos de agricultura orgânica, gastronomia, lazer, esporte de aventura, paz e qualidade de vida.

Chegamos lá e fomos fazer a trilha interpretativa “Mãe da Floresta”. É uma trilha bem pequena com cerca de 1530m, praticamente toda ela com um calçamento de madeira doada pelo IBAMA para evitar erosões pelo pisoteio. É toda dentro de uma mata ciliar, então o sol não é um problema (mas é quente e abafada). Há uma piscina natural, e cachoeiras subindo o rio Vagafogo. Mas vamos falar do assunto que os trouxe ao post. O brunch!

O brunch do Vagafogo é feito exclusivamente com produtos feitos na fazenda. Pães (integral, branco, pão de mel),12 sabores diferentes de geléias (inclusive pequi, ugh!) , 5 de Chutneys, queijo fresco, 3 sabores de requeijão, omelete, pão de queijo, biscoito de queijo (divino), broa de milho, salada de frutas, granola, mel, coalhada, chanclich, manteiga, waffles, tortinha de banana, chantilly, lagarto assado, farofa cearense, alho frito, ambrosia seca, 2 sucos, café, leite, achocolatado e chá. Ufa. Ah, e se precisar eles repõem qualquer dos itens que você quiser, quantas vezes for necessário.

Este slideshow necessita de JavaScript.

É bastante comida. A qualidade dos produtos é incontestável, e você nota isso não apenas durante o brunch, mas horas depois também. Apesar de ter comido tanto, eu não fiquei indisposto ou com o estômago “pesado”. Com exceção de geléias, conservas e chutneys e os pães, tudo é feito na hora, e vem bem quentinho pra mesa, tanto que tivemos que ter cuidado para não nos queimar com os pães e o biscoito de queijo. A tortinha de banana vem pelando!!!

Alguns produtos eu gostei mais do que outros, claro. A conserva de Vinagreira (ou azedinha, quiabo-azedo, quiabo-deangola, rosela, groselha ou caruru-da-guiné) é uma delícia, e me arrependo de não ter trazido geléia de jabuticaba e chutney de carambola. Mas é difícil pensar em trazer algo depois de ter comido tanto.

Eu poderia me alongar por páginas descrevendo cada um dos quarenta e sete itens (eu contei), mas é desnecessário. Vale mais eu dar a recomendação final, que agora não vai ser surpresa pra ninguém: Vá. Mas vá logo. Vale demais a pena a visita a Fazenda Vagafogo.

Preço do passeio na trilha interpretativa: R$ 14,00. Preço do brunch: R$ 30,00

Publicado em Brasileira | Marcado com , , | 2 Comentários

Eu quero uma casa no campo

No último dia 10 fomos fazer uma comemoração no La Chaumière. É o restaurante francês mais antigo de Brasília, funcionando desde 1966, e de lá pra cá só teve duas adições no cardápio. O espaço praticamente não mudou, tendo tido uma única reforma, mais de 20 anos atrás. Você sabia que Gilberto Salomão (o empreiteiro, não o centro comercial) tinha uma olaria? Pois bem, os tijolos aparentes do La Chaumière vieram de lá. As vigas de madeira também. E o (único) garçon trabalha lá a 20 anos.

Começamos os trabalhos com o couvert da casa, já que a boa cozinha francesa demora. Uma cesta de pães, pão de alho quentinho, rabanetes bem temperados, salame, azeitona e pimenta. Ganhamos de brinde o patê de maison, que eu adorei, e Luciana nem tanto… Depois de um longo estudo do cardápio, escolhemos nossos pratos: eu fui com o destaque da casa dos últimos 44 anos, o steak au poivre, um filé mignon com creme de leite, pimenta (metade verde, metade preta, como sugerido pelo garçon). Lu escolheu a versão petit do lyonnaise, um filé com molho de mostarda e suco de laranja.

Depois de um tempo razoável (mas não excessivo), chegaram nossos pratos. Nunca na minha vida comi um filé tão macio, com um ponto tão perfeito, e um molho poivre tão bom. Minha medida de steak au poivre em Brasília sempre foi o Fred, que é excelente. Mas minhas desculpas ao Fred, o do La Chaumière é melhor. Bem melhor.

O da Luciana também estava excelente, mas desta vez gostei mais do meu.

Sobremesa? Não houve! Não por falta de vontade (já ouvi falar bem da Poire Belle Marie, peras ao vinho com sorvete e cobertura quente de chocolate), mas não cabia, as porções são bem generosas para uma pessoa e eu me recusei a deixar um pedacinho que fosse do filé para trás.

Veredito final: Volto, quando tiver $$$. Os filés custam R$ 76,00 (o petit custa R$ 56,00), o couvert R$ 13,00 por pessoa. Mas lembra do Gero? Os preços são parecidos, o ambiente do Gero é maior e mais bonito, o atendimento do La Chaumière é melhor, e a comida… Bom, a comida também é melhor. Sendo ambos restaurantes de alto custo, achei o francês melhor que o italiano.

Eu recomendo. , mas prepare-se para uma conta alta!

PS: Preciso começar a levar minha câmera para os restaurantes!
Publicado em francesa | 2 Comentários

Sábado é dia!

Esse domingo sábado resolvemos sair para tomar café fora. Meu irmão já havia falado do Café Grenat, uma cafeteria que começou como um estabelecimento pequeno, na 201 sul (ao lado do Dona Lenha) e agora mudou-se para a 202, logo em frente, em um espaço bem maior.

Eu acho que a grande sacada do Grenat é saber qual é o seu foco, e, naquilo que não é o objetivo, usar os melhores produtos disponíveis. O foco é o café: a bebida, os cursos, os eventos sobre café. Mas sobre isso eu não vou poder falar. Eu não tomei café lá!

bolinho grenat (sem glúten, sem lactose), pão, manteiga, geléia de frutas vermelhas e suco de laranja

Como eu disse, nós fomos tomar café da manhã, e a infusão de Coffea arabica não faz parte dos nossos hábitos matinais. Um café da manhã simples custava R$19,00, e um completo R$ 28,00. Acabamos pedindo os itens individualmente, mas gostamos da idéia de utilizar os melhores produtos nos acompanhamentos. Ah, o espaço é bem agradável, e o atendimento foi muito bom.

Os pães são da La Boulangerie, as trufas da Cacauhuá, as mini tortas da Karim Schneider e os chás da Loja do Chá – Tee Gschwendner . Não provamos tudo, mas pretendemos voltar, preferencialmente no domingo sábado mesmo. Durante a semana a vizinhança do Banco Central, PF, Caixa e Anatel deixam o trânsito insuportável!

Publicado em Uncategorized | 5 Comentários

Japoneses não são todos iguais

Por algum tempo temos recebido boas recomendações do Kojima, um restaurante fusion japonês originário do Recife. Isso não é suficiente para não entrar na categoria “mais um restaurante japonês”, mas é algo pra ser observado mais atentamente. Uma fusão nipo-pernambucana?

O Kojima fica na 406 sul, um restaurante vermelho perto do sinal. Daquela cor, não tem como errar! Achei o espaço bem pequeno e, por algum motivo, parece haver um espaço no andar superior que não está ocupado. Como tivemos que esperar meia hora para o almoço, não me parece que seja por falta de clientes.

Existem duas opções no restaurante: o “festival” (uma nomenclatura diferente para rodízio que muitos restaurantes usam, não sei bem o motivo) e à la carte. Sinceramente não acho que o rodízio seja uma boa idéia. Existem outros restaurantes japoneses que acredito serem melhores para isso, como por exemplo o Nippon e o Sumô (que serve em buffet a preço fixo). É no cardápio comum que o Kojima me pareceu brilhar.

Com pratos incomuns em um restaurante japonês, como carré de cordeiro com trigoto de funghi, filé de peixe com camarão gigante ao molho de blueberry, o Kojima tem uma proposta oposta a do Dom Francisco, que falamos anteriormente. Ele veio para surpreender. E, eventualmente, decepcionar.

Decididos pelo à la carte, abrimos com um harumaki de carne, que estava muito bom.Boa apresentação, bom molho, bem temperado.  Infelizmente a entrada chegou antes depois do primeiro prato que havíamos pedido, um Shakemaki de camarão e cream cheese envolvido em salmão e posteriormente maçaricado. Essa foi a grande surpresa do almoço. Absolutamente delicioso, e muito melhor do que podíamos imaginar. Um prato que eu repetiria com certeza, mas não era um dia para repetir pratos.

Nossa opção seguinte foi o Sushi Dragon, arroz envolto em salmão, coberto de cogumelos e flambado. A execução definitivamente não foi boa, o prato chegou à mesa ainda em chamas (o que adiciona pontos a apresentação), mas quando fomos provar ainda havia um gosto forte do álcool do conhaque utilizado. Eu não gostei nem um pouco. De maneira geral, não gostei da cara do prato também. Se o shakemaki apresentava belas cores com o resultado da queima parcial no maçarico, esse pareceu bem desbotado e sem graça.

Não podíamos sair sem a sobremesa. Lu pediu Mini Churros com doce de leite e sorvete de creme, que estavam ótimos mesmo! Eu pedi outro prato que esqueci de anotar, mas obviamente havia chocolate envolvido. Vou deixar as fotos no post, se alguém souber qual o nome me avisa. O site do Kojima é péssimo de tantas maneiras diferentes que não sei nem como explicar.

Resumo: Bom, surpreendente, bom atendimento com um maître sempre atento, preço razoável para o que se pretende, e bem servido. A observação que deixo é quanto ao ambiente. Eu adoro vermelho, mas acho que eles erraram um pouco a mão, ficou vermelho demais. Mesmo assim, pretendemos voltar.

Publicado em japonesa | 2 Comentários

Ponto de equilíbrio

UUm domingo desses nos assaltou aquela dúvida comum a quem acorda tarde. “E o almoço, como é que fazemos?” As vezes checarmos os velhos clássicos é uma boa, então resolvemos ir ao Dom Francisco, da ASBAC.

Francisco Ansiliero é um chef como poucos na gastronomia brasiliense. Não surpreende, mas não decepciona. Em Brasília desde 1987, ficou famoso pelo esmero com que prepara pratos clássicos como o bacalhau desfiado com arroz de brócolis.

Por sorte nossa, era exatamente o prato que estava em promoção. Impecável, muito bem servido tanto o bacalhau como o arroz. É de se ressaltar o atendimento, eficiente e cordial mesmo com a casa lotada. Havia fila de espera na porta!

O preço não podia ser melhor: o bacalhau saiu por r$54,00, e alimentaria 3 pessoas facilmente. Não pedimos sobremesa. Não cabia!

O Dom Francisco é daqueles restaurantes onde se pode ir sossegado: a comida é sempre boa, e você vai sair feliz.

Publicado em Brasileira | Marcado com , | 1 Comentário

Virando Paulista?

Depois de dois restaurantes de São Paulo, vamos falar de outro restaurante paulista, mas desta vez situado em Brasília. O Gero, terceira filial do Gero do grupo Fasano abriu em Brasília em novembro de 20112010, e está na nossa lista de lugares a conhecer desde então. Ontem era aniversário da Lu, e achei que a filial de um dos melhores restaurantes da gastronomia paulista seria um lugar interessante para comemorarmos a dois, então lá fomos nós conhecer a tão falada “versão informal” do restaurante mais premiado de São Paulo.

O ambiente é belíssimo, sem dúvida. Com uma arquitetura intimista, onde tudo fica a meia luz e o local consegue ser simultaneamente elegante e acolhedor, o Gero já impressiona antes mesmo de você se sentar. O atendimento é primoroso, sem dúvida um dos melhores de Brasília, com garçons e maître atentos a qualquer necessidade dos clientes.

O couvert nos foi apresentado rápida e silenciosamente, constando de pães diversos, manteiga, patê de tomate e ricota. Simples, gostoso e farto. R$ 15,00 por cabeça.

Lu pediu um Tequila Sunrise, que aliás estava muito bom, e eu fiquei na água sem gás. O maître se colocou a disposição para, quando achássemos conveniente, nos ajudar na escolha dos pratos. Depois de alguma conversa entre nós, e uma questão sobre acompanhamentos, fizemos nossa escolha. Luciana decidiu-se por um ravioli di vitella ai funghi (massa fresca recheada de vitela com molho de cogumelos, R$ 54,00), e eu pelo filetto di manzo alla rossini (filé ao vinho marsala com fígado de ganso e trufas negras, batata gratin e aspargos envoltos em bacon, R$ 91,00).

ravioli

O ravioli estava delicioso!

Sinceramente, nem vimos o tempo passar, mas a impressão é que os pratos não demoraram muito a chegar. O ravioli estava perfeito, em boa quantidade, bem temperado e a massa estava no ponto. Um prato sem falhas, e o esperado tendo em vista a qualidade e o nome do restaurante.

O filé marsala, um dos pratos mais caros do cardápio aliás, me decepcionou. Apesar da apresentação do prato estar excelente, o filé, artista central do espetáculo, estava irregular. Em algumas partes extremamente macio, em outra apresentado nervos e fibras que deveriam ter sido limpas na cozinha, e não tinham espaço no prato do cliente. O molho não merece críticas no entanto, estava muito bom. Mas achei a batata insossa.

De sobremesa pedimos um petit gâteau feito com massa de amêndoas com recheio de chocolate branco e limão siciliano (R$ 27,00) que estava bom. Não achei nada excepcional, mas Lu gostou bastante. Tenho que ressalvar que não sou um dos maiores fãs de chocolate branco, e ela adora limão…

Resumo final: bom restaurante, preços altos, e é possível que retornemos para tentar o almoço, mas a relação custo/benefício não foi das melhores para ser sincero. O Rosario, concorrência direta do Gero em Brasília na minha opinião ainda ganha por larga margem nesse aspecto. Recomendo com ressalvas.

Publicado em italiana | Marcado com , , , | 4 Comentários